OTTO MÜLLER (Pintor) (1874-1930) Dentro da corrente expressionista, Müller foi um dos poucos que, embora tenham tentado encontrar novas formas de expressão artística, não resistiram aos grandes mestres dos museus. Suas obras mais representativas são quadros imensos, num estilo egípcio antigo, pintados com tinta e cola, uma técnica que ele próprio decidiu desenvolver. Müller já tinha recebido formação como litógrafo, antes de iniciar seus estudos na Academia de Dresden, no ano de 1890. Depois de seus breves estudos, viajou para a Itália. Ao voltar, entrou em contato em Munique com Von Varées e Hoffmann. A partir de então seguiu-se uma fase de formação autodidata na cidade de Dresden. Estabelecido em Berlim, uns dois anos depois, travou conhecimento com Paula Modersohn e juntou-se ao grupo Die Brücke. Posteriormente participou da exposição dos artistas recusados, organizada pela Nova Secessão. Interessado na arte egípcia, começou a desenvolver novas técnicas de pintura para obter resultados semelhantes. Em 1912 abandona o grupo expressionista, disposto a iniciar uma carreira independente. Sua primeira mostra de sucesso aconteceu em Berlim, em 1919. A consagração levou-o a ser nomeado professor da Academia de Arte de Breslau, exercendo a função até 1930. Próximo da natureza, como os demais expressionistas, Müller evitou reproduzi-la, concentrando-se nos nus e retratos. Preferiu as cores puras e planas, embora não tão agressivas, e manteve-se dentro das formas estilizadas do fauvismo. Grande parte de suas obras encontra-se no museu de Essen.